6, dez 2019     Leitura: 4 minutos     por: Óticas Kohls
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6 Dúvidas Sobre Conjuntivite

6 Dúvidas Sobre Conjuntivite

Olhos irritados, vermelhos, coçando e lacrimejando. Estes podem ser sintomas da conjuntivite – inflamação da conjuntiva (membrana transparente que recobre a esclera, o chamado “branco dos olhos”) e de toda a parte interna das pálpebras -, que se não tratada corretamente pode causar danos à visão.

Contagiosa, a doença costuma ter um aumento em seus casos durante o verão. “A conjuntivite pode ocorrer em qualquer período do ano, entretanto durante o verão, que é quando as pessoas costumam frequentar mais praias e piscinas, elas também acabam se expondo mais aos vírus e bactérias, o que pode facilitar o contágio”, comenta a oftalmologista Keila Monteiro de Carvalho, Professora Titular de Oftalmologia da UNICAMP, acrescentando que a elevação das temperaturas favorece a proliferação dos micro-organismos causadores da conjuntivite.


A seguir a Dra. Keila Monteiro de Carvalho responde algumas dúvidas sobre a doença: 


O que causa conjuntivite?


A conjuntivite pode ser causada por infecções bacterianas, virais, microbactérias, protozoários, etc. Diversos tipos de micro-organismos podem provocar infecção das conjuntivas. Além disso, há a conjuntivite alérgica e a que é causada por agentes externos (protetores solares, exposição a alérgenos, falta de higiene e produtos de beleza). 


Quais são os sintomas?


Olhos vermelhos, lacrimejantes, fotofobia (aversão à luz). Além disso, na conjuntivite infecciosa bacteriana haverá secreção amarelada (ou branco-amarelada), além dos olhos vermelhos e lacrimejantes. Este tipo é contagioso enquanto tiver secreção. Já a conjuntivite do tipo viral é sazonal, causando surtos na população e é muito contagiosa. Seus sintomas são, inicialmente, leves, piorando alguns dias depois.

O uso do colírio adequado ajuda a aliviar os sintomas e a eliminar as consequências das infecções secundárias. Quando a conjuntivite é alérgica, o principal sintoma é o inchaço acentuado da conjuntiva, acompanhado de coceira, sensação de cisco, e fotofobia. Se não houver infecção secundária com secreção, as conjuntivites alérgicas não são contagiosas.


Geralmente, a conjuntivite acomete os dois olhos e pode durar de uma semana a 15 dias, mas o tempo de evolução varia de acordo com a condição imunológica do paciente. Vale ressaltar que nem sempre todos os sintomas se manifestam ao mesmo tempo, por isso só o especialista poderá dar o diagnóstico correto quanto ao tipo de conjuntivite. 


Como tratar a conjuntivite?


Conjuntivites agudas sempre são tratáveis e curáveis. O tratamento utiliza, inicialmente, apenas colírios lubrificantes. No caso de infecções bacterianas, poderá ser colhido material para exame microscópico, cultura e antibiograma para se determinar o antibiótico exato a ser prescrito.

Já no caso de conjuntivites crônicas, geralmente há alguma doença sistêmica associada, como doenças reumáticas, síndrome de olho seco, doenças alérgicas e com alterações do sistema imunitário. Essas são as mais graves, podendo deixar sequelas como opacificações da córnea com diminuição da visão. 


E como evitar?


Lave frequentemente as mãos e evite coçar os olhos, para não propiciar traumas. Também é importante ter a refração sempre em dia, pois pessoas que necessitam de óculos e não usam, ou estão com as lentes fracas (principalmente hipermetropias e astigmatismos), ficam com os olhos congestos, o que facilita infecções, como as conjuntivites. 


Existe algum cuidado especifico para evitar a doença após o banho de mar ou piscina?


É recomendável utilizar um colírio lubrificante ao sair do mar e não coçar os olhos, para que não haja risco de lesões por agentes que estejam na superfície ocular.  Quem utiliza lentes de contato também deve se lembrar de retirá-las antes de mergulhar, uma vez que elas podem ser contaminadas com a sujeira da água, favorecendo o surgimento de infecções.  


A conjuntivite pode deixar algum tipo de sequela no olho?


Se não tratadas corretamente, as conjuntivites virais e bacterianas podem levar à lesões da córnea, provando diminuição da acuidade visual e, até mesmo, cegueira. 

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